
Autor: Markus Zusak
Editora: Intrínseca
Gênero: Romance
Preço: 39,90 [31,92 / + Cultura] (Livraria Cultura)
Por que li esse livro?
Ignorei esse livro por muito tempo pelo simples fato de todos comentarem sobre ele, mas agora decidi deixar a criancice de lado.
Sinopse
Entre 1939 e 1943, Liesel Meminger encontrou a morte três vezes. E saiu suficientemente viva das três ocasiões para que a própria, de tão impressionada, decidisse nos contar sua história, em 'A menina que roubava livros'. Desde o início da vida de Liesel na rua Himmel, numa área pobre de Molching, cidade próxima a Munique, ela precisou achar formas de se convencer do sentido de sua existência. Horas depois de ver seu irmão morrer no colo da mãe, a menina foi largada para sempre aos cuidados de Hans e Rosa Hubermann, um pintor desempregado e uma dona-de-casa rabugenta. Ao entrar na nova casa, trazia escondido na mala um livro, 'O manual do coveiro'. Num momento de distração, o rapaz que enterrara seu irmão o deixara cair na neve. Foi o primeiro dos vários livros que Liesel roubaria ao longo dos quatro anos seguintes. E foram esses livros que nortearam a vida de Liesel naquele tempo, quando a Alemanha era transformada diariamente pela guerra, dando trabalho dobrado à Morte. O gosto de roubá-los deu à menina uma alcunha e uma ocupação; a sede de conhecimento deu-lhe um propósito. E as palavras que Liesel encontrou em suas páginas e destacou delas seriam mais tarde aplicadas ao contexto da sua própria vida, sempre com a assistência de Hans, acordeonista amador e amável, e Max Vanderburg, o judeu do porão, o amigo quase invisível de quem ela prometera jamais falar. Há outros personagens fundamentais na história de Liesel, como Rudy Steiner, seu melhor amigo e o namorado que ela nunca teve, ou a mulher do prefeito, sua melhor amiga que ela demorou a perceber como tal. (sinopse retirada do site da livraria cultura)
Minha Opinião
Logo que comecei a ler o que mais me chamou a atenção foi o narrador da história, a morte, e como ela se sensibilizava e, por vezes, ironizava os infortúnios pelos quais a personagem principal passava. Liesel tinha no roubo de livros seus momentos de paz e realização, e através das palavras ela era capaz de acalmar a si mesma e aqueles ao redor dela.
Zusak deu um golpe de mestre ao escrever a história dessa simpática menina através da morte, pois assim ele conseguiu um narrador onisciente e bem divertido, sem contar que em diversos pontos da história, a morte nos dá relances do que irá acontecer, o que só servia para aumentar minha curiosidade, além das inúmeras intromissões que ela fazia, seja com uma pergunta e sua respectiva resposta ou uma história sobre um personagem, explicando o porquê das ações cometidas.
O livro é cheio de metáforas envolvendo cores, e citações mórbidas a respeito da guerra e da visa em geral, cortesia de uma narradora bem incomum. A Menina que Roubava Livros é muito bem escrito, divertido e triste em algumas partes, o enredo flui de uma maneira bem suave e natural, porém, devo admitir que se não fosse pelo final, extremamente emocionante e de certa forma um pouco adiantado graças à morte, o livro não teria possuído tanto significado para mim.
No final das contas
Markus Zusak ao escrever A Menina que Roubava Livros nos deu um daqueles romances que simplesmente merece ser lido; uma história mesclada de tristezas e felicidades singelas, tornando esse livro puramente belo.
Beijos,